Filhos criados em "Lares Violentos".
O impacto real que a violência doméstica provoca nas crianças
Grandes são as sequelas das crianças que vivem em lares onde a violência doméstica ainda é constante. Diante de muitos relatos de uma criança de 5 anos, pude considerar que o abuso verbal, emocional ou físico – quando qualquer tipo de violência acontece entre os pais, os filhos sofrem e isso causa um impacto importante e negativo nos menores.
Por mais que estas crianças não sejam vítimas diretas da violência doméstica, as consequências trazem graves problemas na infância, e podem perdurar a adolescência e a vida adulta.
Em muitos casos, julgamos como preocupante apenas a violência física na vítima (em muitos casos: a mãe), porém, o abuso doméstico em todos os termos similares prejudica tanto o agressor, a vítima, como quem assiste rotineiramente a violência familiar (crianças e adolescentes). Há uma dificuldade grande de a criança assimilar o assunto e elas sofrem mais do que todos, e podem carregar consequências preocupantes.
As crianças que vivem em lares violentos podem ser negligenciadas em suas necessidades e opiniões, o que pode agravar ainda mais a situação, pois estudos demonstram que as crianças que vivem situações de violência doméstica correm o risco de apresentar problemas de saúde, traumas emocionais, alterações bruscas de comportamento e possivelmente desenvolvem distúrbios de saúde mental quando se tornarem adultos, e também não sentir a necessidade de se alimentar adequadamente.
As crianças se tornam responsáveis pelo abuso que um dos seus progenitores exerce sobre o outro, e podem apresentar relatos de pesadelos durante o sono, assim como problemas para dormir, brigas frequentes no colégio, tendências agressivas e também transtornos alimentares. Experiências com a violência no lar podem provocar na criança, a síndrome do pânico, nesta mais grave complexidade do trauma.
Ficando assim vulneráveis para todo tipo de abuso, visto que se tornam fáceis a cair nas mãos de pessoas que não tem a devida atenção e cuidado, para ver exatamente sua experiência de vida dentro do lar abusivo.
Estes transtornos ficam mais evidentes na adolescência, pois eles ficam culpando-se, e se auto lesionando, buscando nas drogas, álcool, ou no sexo, como válvula de escape, mesmo sabendo que o único objetivo é obter afeto, e crises de depressão podem se tornar rotineiras, baixa autoestima, e desenvolver graves problemas comportamentais como o medo e se tornar infelizmente, possíveis agressores, pois honram o pai no comportamento, maltratando todos os familiares, tanto dentro de casa, como fora dela.
É evidente que há muito a se falar sobre a visão da criança que vive em um lar abusivo, mas é crucial tratar com criticidade cada caso.
Como agir nestas ocasiões?
As crianças e adolescentes nestas ocasiões, precisam saber que podem confiar nos pais, que estão seguros e os adultos devem demonstrar sua preocupação quanto às necessidades da criança e a sua segurança.
A violência doméstica não pode ser um gatilho que provoque o afastamento do pai agressor com os próprios filhos. Isso já foge do entendimento das crianças e deve ser tratado com cautela para que amenize as evidências de desprezo e falta de amor.
O Perdão!
É importante mostrar a estas crianças, a importância do Perdão, e principalmente a prática do diálogo. Porque todos os assuntos oriundos da violência doméstica, mais cedo ou mais tarde, serão melhor entendidos pela criança. É preciso ter bom senso para que quanto maior for a gravidade da violência, mais segurança a criança precisa ter para viver em um lugar seguro. Se o relacionamento se torna insustentável, é importante explicar que a melhor maneira de viver respeitando o conjuge, seja morando em lares diferentes, mas que o Perdão e o Amor prevalecerá para sempre em ambos. Que realmente, o problema precisa ser resolvido entre os pais, e a criança não é culpada, e também não pode tomar para si a responsabilidade de resolver absolutamente nada.
Fé!
Contemple a pratica da oração no lar, para que os filhos possam acreditar que Deus pode fazer algo de extraordinário no lar violento, e deixar uma sementinha de esperança no coração das crianças, para que elas não desanimem em qualquer dificuldade.
Concluímos que há formas diferenciadas de criar laços de amizade e amor entre pais e filhos que moram ou moraram em lares violento. Você tem alguma experiência para acrescentar neste material? Envie para o nosso e-mail, o seu depoimento.