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O casamento que quase não deu certo!

Muitos comentam sobre o casamento que não deu certo, sobre o casamento que acabou com mágoas e ressentimentos, que gerou muitas tristezas e decepções e foi só dor de cabeça. Mas o que nunca falamos é como fica um casamento que deu certo?


Quero poder dizer que vivi um amor único na vida, assim como os meus avós. Mas essa não é mais a realidade dos dias modernos. Quem dera se nós pudéssemos trazer pra nossa consciência o quanto foi bom um casamento que durou pouco.


Sim, porque o casamento que acaba bem, é de fato um casamento que deu certo por um tempo. Perdurou a amizade, o afeto e o respeito. Este casamento teve diálogo, porque ninguém levantou da mesa brigado, emburrado um com o outro, mas sim disse tudo que precisava ser dito, com muito respeito e cumplicidade. Um casamento que deu certo é um casamento sem agressão, um casamento onde perdurou o diálogo e a lembrança das boas memórias e experiências. Dividir as despesas, a casa, as contas, os planos e projetos, é pra ser um relacionamento saudável.


Um casamento só não dá certo quando um dos dois não está comprometido com isso. Seja por uma decepção, seja por uma crueldade. Mas, considerando que muitos relacionamentos terminam sem um adeus, por conta da escolha divina de levar um dos dois para o lado espiritual, também podemos ver casamentos que deram certo, e mesmo que tenha terminado a relação, os dois permanecem amigos.


O triste mesmo é quando não há diálogo, muito menos respeito, quando houve traição, e nenhum dos dois sequer teve o comprometimento de dizer um adeus ou fazer aquele pedido de perdão. Seguir a vida machucando o outro é cruel, desumano e sem fundamento.


Gostaria de dizer que meus casamentos deram certo, mas infelizmente por conta da violência doméstica que sofri, e todas as sequelas provocadas pela agressão por uma das partes não aceitar o fim do relacionamento, ainda assim, penso que o casamento deu certo, deu certo por um tempo, porque houve cumplicidade, houve carinho, teve respeito em algum momento, mesmo que no início da relação, teve companheirismo e mais que isso, teve dedicação de ambas as partes, mesmo que por um curto espaço de tempo.


No último relacionamento tive o prazer de vivenciar a maternidade, e justamente por isso eu sou eternamente grata ao pai por ser um instrumento de Deus nessa missão, pois vejo no meu filho um pouco de cada um de nós dois.


Acolho e relevo as dores pois preciso encarar que esse encontro foi necessário para que a vida do meu filho existisse.

Ressignificar essa relação enxergando os benefícios parece um paradoxo questionável e duvidoso, mas é importante e necessário encarar essa fase como um período de aprendizado, pois na imaturidade que cada um carregava, tivemos também as alegrias, na intemperança teve também o carinho e o diálogo, na inimizade teve o silêncio que nos permitiu discernir o erro das falas e dos empurrões e dos hematomas, e também tivemos tempo para o diálogo, mas ainda não tivemos tempo para o Perdão.


Tão necessário e satisfatório, pois é através do perdão que liberamos o outro para viver suas escolhas.


Não somos únicos, carregamos um pouco do outro em nós, mesmo quando nos separamos.


Então, se posso dizer que meu casamento acabou, também posso dizer que ele foi um casamento que quase não deu certo, mas deu, deu certo sim, por um curto espaço de tempo.


O importante é sair da relação e ter em mente que foi feito o que pode ser feito para manter aquela relação, sair de cabeça erguida sem carregar culpas, nem mesmo arrependimentos é uma alegria imensa e traz consigo uma paz de espírito inexplicável. Seguir a vida sem esse peso, torna a vida muito mais leve e satisfatória para me abrir para um novo amor.


Agora sim, estou pronta para viver um casamento que vai dar certo!

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